As 4 perguntas essenciais II

Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Paul Gauguin em 1897
Normalmente resistimos à fé dizendo: eu não posso crer nisso. Eu não posso aceitar esse tipo de coisa. Não posso aceitar que algo que é totalmente gratuito funcione. Ter fé é simplesmente aceitar que somos aceitos por Deus. Se entregar a voz que diz: você é aceito por aquele que é maior do que você. Simplesmente aceitar a oferta da sua graça.

Para uns é uma grande liberação da culpa que o perseguia durante toda a sua vida. Para outros é a sensação de um perdão total e irrestrito, que esquadrinha todo o ser em busca do ressentimento mais escondido. Para outros é uma sensação de amor envolvente que supera todas as rejeições que sofremos ao longo da nossa existência. Para outros ainda é completude da segurança que vem da certeza de que somos queridos e estimados. Para outros é um poder que os capacita a ser o que, na realidade, sempre desejaram ser. Pessoas não mais amarradas às superstições, aos medos ou às frustrações, mas pessoas livres para viver uma vida sem culpa e sem complexos.

Cada um recebe de uma maneira inexplicável a realização de tudo o que tinha buscado tão alucinadamente. Vemos o mundo e as pessoas de forma diferente. Uma onda de amor nos envolve, o amor de Jesus Cristo, que nos constrange a um novo senso de lealdade a ele. A graça de Deus é a bondade loucamente generosa. Jamais alguém pensou que pudesse haver um Deus assim.

Vamos fazer de novo as quatro perguntas da nossa existência.
A vida é sem significado ou ela tem um propósito?
A resposta não é uma religião ou uma filosofia, mas uma pessoa. Não somente vida tem propósito, como Deus em pessoa interveio na história humana para garantir que esse propósito é significativo e vital para nós e para os outros.

Qual é a natureza da realidade?
A resposta da graça é que ela é generosa, ela é perdoadora, ela é restauradora e ela é redentora. A natureza da realidade vista através dos olhos que quem recebe a graça de Deus é a realização de tudo o que se achava definitivamente perdido e fora do alcance.

No fim tudo dará certo para mim, e a vida triunfará sobre a morte, ou não?
No Reino de Deus a certeza da vitória da vida é completa. O Reino de Deus triunfará sobre a morte de modo incontestável, e lá não haverá pranto nem dor, porque a morte e os seus efeitos danosos terão passado e não farão mais parte das nossas lembranças.

A realidade é má, guiando-nos à morte ou a realidade é boa, guiando-nos à esperança?
Jesus está nos dizendo através do seu ministério do bem, da sua paixão, da sua morte e da sua ressurreição que a realidade pode ser mudada, que até mesmo os sinais da morte podem ser revertidos, e que o caminho que leva a esperança será o único caminho que nos será apresentado.

Quando a graça de Deus nos atinge, passamos a perceber que nada pode nos ferir permanentemente, que nenhum sofrimento é irrevogável, nenhuma derrota é definitiva e que nenhum desapontamento é derradeiro. Quando a graça de Deus nos atinge, acreditamos que essas coisas são certas. Quando a graça de Deus nos atinge, conseguimos as respostas às perguntas essenciais da vida.


Não é para sairmos dessa experiência orgulhosos de termos todas as repostas, mas com a humildade e gratidão, creditando a Deus o sentido da vida, creditando a ação do seu Espírito que tem, desde a fundação dos séculos, trabalhado para que a vida seja maravilhosa. É para sairmos da escuridão e gozarmos da vitória daquele que nos amou quando ainda estávamos oprimidos, frustrados, derrotados, sem esperança e mergulhados em nosso egoísmo e insensatez. É para dizermos: agora estou bem certo de que nem a morte nem a vida, nem os anjos ou poderes celestiais, nem o presente nem o futuro, nem o mundo que está acima de nós nem o que está embaixo, nem todo o universo pode nos separar do amor de Deus revelado em Jesus Cristo, seu Filho.

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